A 4ª Peregrinação em honra a Santa Dulce dos Pobres reuniu neste domingo, 24 de agosto de 2025, milhares de fiéis em um dos maiores eventos de fé do agreste sergipano. A programação começou ainda no dia 15 de agosto, com novenas, celebrações e atividades pastorais na Paróquia São José e Santa Dulce, em Malhador, e culminou com a caminhada de cerca de 7 km que saiu às 6h30 do povoado Candeias, em Moita Bonita, percorrendo a SE-245 até chegar ao município de Malhador. A chegada ocorreu por volta das 9h30, quando os devotos participaram de uma missa campal celebrada na Praça Givaldo Alves, marcada por emoção, devoção e intensa participação popular.

A história da peregrinação começou em 2021, quando a imagem de Santa Dulce foi entronizada na Igreja Matriz e, por decisão do então arcebispo metropolitano Dom João José Costa, a religiosa passou a ser co-padroeira do município. Desde então, a Paróquia São José e Santa Dulce organiza a festa anualmente, sempre com o apoio da Prefeitura de Malhador.

                                     

A relação de Santa Dulce dos Pobres com Malhador é profunda e singular, pois é aqui que reside Cláudia Cristiane, a mulher que recebeu o milagre reconhecido oficialmente pelo Vaticano e que levou à beatificação da religiosa baiana. Esse fato transformou Malhador em um marco de devoção, tornando-se conhecida como a “terra da miraculada”. Desde então, o município carrega com orgulho essa ligação especial com a primeira santa brasileira, reforçando sua fé e atraindo milhares de devotos todos os anos para celebrar e agradecer pela intercessão de Santa Dulce.

De lá para cá, o evento cresceu e se consolidou como uma das maiores manifestações religiosas de Sergipe. Em 2022, a primeira peregrinação a pé já havia reunido milhares de pessoas em um trajeto de 7 km. Agora, em sua 4ª edição, a organização estima que cerca de 10 mil devotos participaram, demonstrando que a cada ano o número de fiéis aumenta, fortalecendo não apenas a religiosidade do povo, mas também a identidade cultural e espiritual de Malhador, que hoje se afirma como a “terra da miraculada”.